sábado, 22 de setembro de 2012

GREEN SCHOOL



Green School ou Escola Ecológica, construída na ilha de Bali, na Indonésia, está dando a seus alunos uma educação relevante, holística e verde em um dos ambientes mais impressionantes do planeta.


A escola localiza-se no centro sul de Bali, em nove hectares de jardins cortados por um rio. Mais do que uma escola verde, a estrutura atraiu a construção de casas verdes levantadas ao seu redor, que possibilitam que as crianças caminhem entre elas em seu caminho para a aula, percebendo a sustentabilidade presente em toda a vila. Pessoas também estão trabalhando para levar indústrias ecológicas para e região e eles esperam que restaurantes com os mesmos princípios também apareçam por lá. O projeto que começou como uma escola está se tornando uma comunidade modelo.

John Hardy, designer de joias é co-fundador da escola  sustentável que ensina as crianças a construir, fazer jardinagem e ajudam-nas a entrar em uma universidade. Em forma de espiral, o ponto central da construção é o coração da escola feito em bambu.






Em 2007, John Hardy e sua esposa, Cynthia, se envolveram em um novo projeto: a Escola Verde em Bali. Na instituição de ensino as crianças aprendem em uma sala de aula ao ar livre, rodeadas por hectares de jardins. Lá elas recebem instruções sobre como construir coisas com bambu, enquanto são preparadas para os exames tradicionais das escolas britânicas. 


Todos os materiais foram selecionados, para que o petróleo não fizesse parte da estrutura. Pedras vulcânicas colocadas a mão foram usadas como pavimento. As calçadas são de cascalho e apesar de se encharcarem quando chove, são “verdes”. Todas as cercas da escola são ecológicas, feitas com raiz de tapioca. 





Hardy cresceu em uma pequena vila no Canadá. Diagnosticado disléxico, ele sempre chorava ao ir para a escola. Aos 25 anos o jovem fugiu e foi para Bali, onde conheceu sua esposa Cynthia. Por 20 anos o casal trabalhou junto em uma joalheria e depois se aposentaram.Inspirados pelo filme “Uma verdade Inconveniente”, de Al Gore, e com quatro filhos, Hardy pensou que se parte daquela história fosse realmente verídica, seus filhos jamais teriam a oportunidade de ter a vida que ele teve. A partir daquele momento prometeu que passaria o resto da sua vida, fazendo o possível para melhorar as possibilidades de futuro dos seus filhos. 


Bali tem uma cultura hindu intacta em meio a qual o casal vivia. Juntos resolveram fazer algo inusitado e então fundaram a Escola Verde. As salas de aula, feitas em bambu, não possuem parede para proporcionar um melhor aproveitamento da luz natural. A lousa também é feita do mesmo material, as cadeiras não são quadradas e o ensino é holístico.






A brisa natural também ventila as salas de aula e quando não há brisa suficiente as crianças fazem bolhas, feitas em algodão natural e borracha da seringueira, como mostrado na galeria acima. Eles basicamente transformam a sala em uma bolha e, segundo Hardy, “as crianças sabem que o controle do clima sem esforço pode não ser parte do futuro deles. Nós pagamos a conta no final do mês, mas quem realmente vai pagar as contas são os nossos netos”. Para ele, as crianças deveriam ser ensinadas de que o mundo não é indestrutível. 


  

 
 

Para diminuir a dependência energética, a escola, faz uso da energia solar. No local também existe uma turbina-redemoínho, a segunda a ser construída no mundo, em uma cascata de 2,5 metros de um rio que quando estiver em funcionamento produzirá oito mil watts de eletricidade dia e noite. O banheiro não tem descarga. São pequenas casas de banho composto. 

Hardy acredita que a metodologia de misturar nossos dejetos a água não seja eficaz, se tivermos como base a quantidade de pessoas e a quantidade de água necessária para esse sistema. No paisagismo, o jardim foi mantido como estava antes da construção, indo até a borda de cada sala de aula. Há criação de porcos, os últimos porcos pretos em Bali, e também uma vaca, afinal para que cortadores de grama? As crianças vivem em uma cultura de arroz e sabem o que poucas pessoas sabem sobre esta prática. Elas aprendem como plantar e cuidar de um arroz orgânico, sabem quando colher e como cozinhar.    
Diversos alimentos orgânicos são plantados na escola onde 400 pessoas comem diariamente. As mulheres balinesas locais cozinham os alimentos com queimadores de cerragem, que são segredos passados de geração para geração, e dispensam o uso do gás. 


Hardy acredita que a escola seja um sítio de pioneiros locais e globais, uma espécie de micro-cosmos do mundo globalizado. As crianças que lá estudam vêm de 25 países diferentes. No terceiro ano da escola ecológica, em 2010, 160 crianças já estavam inscritas. Lá se aprende a ler, escrever e aritmética, mas também aprendem as técnicas de aproveitamento do bambu e a prática de artes balinesas tradicionais. Os professores são tão diversos quanto os estudantes e a escola também conta com a ajuda de voluntários, que juntos estão empenhados em criar uma nova geração de líderes globais voltados para o cuidado com o meio ambiente. Os bambus que estão ao redor crescem da altura de coqueiros em apenas dois anos e em três anos podem ser colhidos para serem usados em construções. A espécie é forte e densa como madeira de teca e pode ser usado para suportar qualquer tipo de telhado. O coração da escola, onde está instalado o complexo administrativo, tem sete quilômetros de bambu. Após três meses de seu início a construção tinha chão e telhado. Para eles, a escola ecológica é um modelo construído para o mundo, para isso, três regras básicas precisaram ser seguidas: usar material e mão-de-obra locais, deixar o meio ambiente liderar e pensar em como as gerações futuras poderiam construir estruturas como essa. Não se sabe ao certo o impacto que esta escola ocasionará, mas com certeza crianças diferentes serão formadas. 


     



Alguns videos para complementar:


*John Hardy: Minha escola verde ideal*Green School*Bamboo Architecture Green School, Bali









terça-feira, 29 de novembro de 2011

Praça de Casa Forte

Fazia algum tempo que não passava, mesmo que rapidamente, pela Praça de Casa Forte, me fazendo recordar bons tempos, e de me ressaltar a importância dos espaços púbicos na vida de todos... então resolvi postar alguns dizeres sobre a Praça de Casa Forte:


Os jardins da Praça de Casa Forte, o primeiro projeto de jardim público de Burle Marx, realizado em 1935, deixam transparecer as preocupações ecológicas e estéticas, reunindo uma variedade de espécies vegetais provenientes da Amazônia, da Mata Atlântica como também plantas exóticas.

O elemento vegetal é o principal objeto de composição, nas quais ele utiliza exemplares até então desconhecidos na criação de cenários urbanos de beleza especial, numa proposta em que busca fugir aos padrões europeus, até então vigentes, para criar um jardim tropical.


De traçado geométrico originado por formas regulares, a Praça de Casa Forte enquadra-se, segundo a interpretação de Camillo Sitte, na categoria de "praça de profundidade", em relação à Igreja de Casa Forte, existente no local, pois os seus componentes estão dispostos em direção a sua fachada principal. Está situada no tradicional bairro de Casa Forte.


Em linhas gerais, seu projeto paisagístico possui o formalismo dos jardins franceses, pela simetria e regularidade. A praça é constituída de dois jardins retangulares e um quadrado, contendo uma riqueza de espécies vegetais: plantas arbóreas brasileiras da Amazônia, da Mata Atlântica e também plantas exóticas. Burle Marx trabalhou a vegetação como o elemento vertical do espaço em relação ao casario histórico, proporcionando efeitos de verticalidade e de escala. Procurou distribuí-las evidenciando não só a floração em épocas diferentes do ano, mas também explorando plantas aquáticas nos três espelhos d'água situados em cada um dos jardins, então inspirados na proposta do Kew Gardens de Londres.

No jardim central, Burle Marx utiliza plantas da Amazônia como o pau mulato, o abricó de macaco, e no lago, a vitória-régia. Pela observação no local, a vegetação aquática foi a que mais sofreu ao longo do tempo dada a falta de conservação que levou à extinção da vitória-régia, readquirida por ocasião da intervenção de 1998. No projeto original, consta a estátua de uma índia a se banhar no centro do lago central, mas que nunca existiu. Próximo à Igreja, está o jardim das plantas exóticas que formam um outro cenário, contendo a cássia rosa, o filício, o resedá, entre outras espécies.

O projeto paisagístico da Praça de Casa Forte é um exemplo marcante de expressão artística de um jardim em consonância com os elementos construídos na paisagem urbana. Para Burle Marx a compreensão do urbano é fundamental para a concepção do parque ou da praça como parte de um sistema de espaços livres com função ecológica e estética, na relação com o espaço edificado. Assim, resultou uma praça de paisagem convidativa e harmônica que está em perfeito equilíbrio com a arquitetura histórica e edificações modernas de um bairro residencial tradicional.

                               


Ao visitante apresenta-se uma paisagem de profundidade e reflexão, por que não dizer um jardim pictórico e poético. Os espelhos d'água são pontos de atração de um jardim de traçado retilíneo seguindo a configuração do sítio e paralelo ao casario, utilizando uma dinâmica própria quando dispõe as plantas acompanhando os caminhos e canteiros, além de pensar na época de floração oferecendo um verdadeiro espetáculo a ser apreciado no decorrer do ano. Assim, a dinâmica da paisagem tem no elemento vegetal seu principal estímulo.


A Praça de Casa Forte vem sendo mantida em parceria com o setor privado desde 1996, dentro do Programa "Adote uma Praça", promovido pela Prefeitura da Cidade do Recife, e foi restaurada no ano de 1998, nos moldes do projeto original, mediante a participação de um grupo de profissionais da Prefeitura do Recife – URB, EMLURB e SEPLAM – e a colaboração do Laboratório da Paisagem da Universidade Federal de Pernambuco, além da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

 Fonte: Ana Cláudia Pessoa e Ana Rita Sá Carneiro 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Baha'i Lotus Temple, na Índia em Nova Deli

A Casa de Adoração Bahá'í em Nova Deli, Índia, popularmente conhecida como o Templo de Lótus, devido à sua forma de flor, é uma Casa de Adoração Bahá'í, e também uma atração de destaque. Foi concluída em 1986 e é o projeto do arquiteto Fariburz Sahba, serve como o Templo Mãe do subcontinente indiano.

O Partido Arquitetônico do templo foi baseado na Flor de Lotus, uma espécie de flor bem comum na Índia, encontrada em vários lugares do país, também considerado um antigo símbolo religioso, símbolo de  pureza. Tem o significado de evolução de todas as coisas criadas.
O Templo de Lotus é rodeado por 9 piscinas, tem um auditório com capacidade de 1200 pessoas. Uma obra feita em concreto armado, onde facilita a transferência dos esforços para a terra. Composto por abóbodas e arcos, eliminando as vigas. As abóbodas se auto sustentam, descarrega os esforços em 9 arcos.






Baseado na estética da flor, há proporções áureas, com simetrias. Após a finalização, é fácil de perceber a harmonia na obra.


Com a análise do Templo de Lotus, foi fácil de visualizar os padrões da natureza, as proporções, a simetria. Mas não é só no Templo de Lotus que existem os padrões da natureza, a natureza está presente na arquitetura e urbanismo de muitos povos.


sábado, 7 de maio de 2011

Renovación del conjunto S’Arenal-Can Pastilla, Mallorca, España

Concebimos el PLAN DIRECTOR como una estrategia de transformación ordenada e incremental orientada a renovar escenarios adecuados para un turismo concebido como gran activo de la isla. Todo ello, sin relegar el objetivo de construir un fragmento completo de esa gran ciudad que es Palma y, por extensión, de la isla de Mallorca. 


Playa de Palma es hoy un destino turístico de escala y actividad extraordinarias pero su energía desbordada debe reconducirse para lograr allí un lugar para vivir de altísima calidad urbana, social y ambiental capaz de competir en la escena internacional. Para ello, nada mejor que recordar como dato de partida que en la actualidad residen allí aproximadamente 23.000 personas (datos año 2005) para una capacidad hotelera que duplica ese número en camas haciendo que en temporada alta convivan allí más de 50.000 personas (Manacor tiene 35.000 habitantes). Esta proporción debiera equilibrarse sin mermar el valor añadido del sector turístico. Un escenario deseable es la duplicación de la población residente convirtiendo a PLAYA de PALMA en la cuarta ciudad de la isla en cuanto a residentes y la segunda sumando ambas poblaciones. Sintéticamente, la Propuesta para Playa de Palma consiste en articular un renovado frente marítimo -que llamamos PLAYA AZUL- con una extenso espacio natural equipado descubierto a sus espaldas -la PLAYA VERDE- mediante la implantación de CORREDORES VERDES temáticos
















Superficie: 1,453ha
cliente: Consorcio: Playa de Palma Ayuntamiento de Palma / directores del proyecto: Juan Herreros, José María Ezquiaga / responsable del proyecto: Aldo Trim / colaboradores: Carmelo Rodríguez, Rocío Pina, Paula Vega / turismo y sociología: José Manuel Iribas / consultor tráfico: Juan Fisac (IGB) / puertos y playas:Vicent Esteban Chapapría 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Espaço cultural ajudará a revitalizar Recife Antigo

Existem vários projetos para revitalizar o centro do Recife, recebi esse projeto, por email, fonte Arco Web, tanto os textos como imagens, espia só:

O desenho propõe um diálogo franco com o único imóvel tombado do entorno, a torre Malakoff. “Inicialmente, a ideia era ocupar um galpão que existe no porto e construir outro volume ao lado. Estamos fazendo algo parecido: no espaço que estava vazio se erguerá um edifício usando alguns elementos do antigo, que será demolido para dar lugar a um bloco novo”, conta Fanucci.
A decisão, que pode parecer um contrassenso, cria um respiro na frente da torre ao abrir um grande vão no nível do pedestre. Assim, o projeto estabelece uma relação direta com o bem tombado: enquanto o prédio antigo (hoje cercado por muro) é valorizado, o novo, com seu gesto, conecta-se à história.






entrada do centro cultural fica do lado oposto, mais próximo da área de desembarque de navios de passageiros. Os arquitetos criaram uma praça de acesso que evoca o juazeiro, árvore do sertão presente no largo que era local de encontro de sanfoneiros em Exu, cidade natal de Gonzaga.
A abertura na laje de concreto permitirá que o juazeiro cresça. “Quando o sol bater ali, o piso da praça de acesso ficará marcado com a galhada”, antevê Ferraz.
O projeto arquitetônico foi concebido juntamento com a curadoria, realizada por Isa Grinspum Ferraz,Helena Tassara Marcelo Macca. Depois de algumas peças históricas de Gonzaga, o visitante vai “mergulhar” no sertão ao entrar no “útero”, um espaço ovalado de aço cortén com projeções em toda a volta.
No térreo, o roteiro é indicado pelo rio São Francisco - reverberando a ideia de Lina Bo Bardino Sesc Pompeia - e conduz o frequentador a uma série de experiências balizadas por temas como “ocupar o sertão”, “viver no sertão” e “trabalhar no sertão”.
Além de outras atrações, o percurso termina nomezanino, onde os visitantes poderão gravar em estúdio versões de músicas de Gonzaga. O edifício possui ainda biblioteca e discoteca multimídia, espaço para exposições temporárias, auditório com 260 lugares, oficinas, salas de múltiplo uso e restaurante na cobertura.
Um dos pontos altos do projeto de arquitetura é o fechamento do prédio novo com elementos vazados de concreto, de 1 x 1 metro, desenhados pela equipe. Além de sombrear e criar galerias internas interessantes, a proposta caracteriza o centro cultural usando a memória arquitetônica domodernismo brasileiro. Ali, é Luiz Nunes - autor da caixa-d’água de Olinda - quem encontra Luiz Gonzaga.













Texto de Fernando Serapião

Publicada originalmente em PROJETODESIGN


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